quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cuba mostrará em Genebra suas conquistas em direitos humanos


Genebra, 1 mai (Prensa Latina) Cuba se apresenta hoje aqui ao Exame Periódico Universal (EPU) com o aval de ser um dos países que mais conquistas teve em matéria de direitos humanos, apesar do bloqueio imposto pelos Estados Unidos há mais de 50 anos.


O cehfe da delegação cubana é o ministro de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, acompanhado por Rafael Pino Bécquer, vice-fiscal geral; Oscar Manuel Silvera, vice-presidente do Tribunal Supremo Popular; e Rosa Fernanda Charró, vice-ministra de Justiça, entre outros funcionários públicos.

Cuba chega com avanços notáveis em diversas esferas e indicadores que a colocam em muitos casos acima de nações desenvolvidas.

O pequeno país caribenho cumpriu grande parte dos Objetivos do Milênio da ONU e em 2012 a taxa de mortalidade infantil foi de 4,6 em cada mil nascidos vivos, a mais baixa da América Latina, e a materna de 21,5 em cada 100 mil, entre as menores internacionalmente.

A maior ilha das Antillas garante o acesso universal e gratuito à saúde pública e seu programa de vacinação tem uma das mais amplas coberturas do mundo, protegendo a população contra 13 doenças.

Cuba alcançou também as metas da ONU de erradicar a pobreza extrema e a fome, promover a igualdade entre gêneros e o empoderamento da mulher e conseguir o ensino primário universal.

O país caribenho foi o primeiro a assinar e o segundo em ratificar a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher.

O relatório de 2011 da Unesco reconhece o alto nível de educação do país e o coloca no 14o lugar do mundo em seu Índice de Desenvolvimento da Educação para Todos.

Estes indicadores foram obtidos por Cuba apesar do bloqueio mantido pelos Estados Unidos há mais de 50 anos.

Até dezembro de 2011, esta guerra econômica, comercial e financeira já tinha causado o prejuízo de um trilhão, 066 bilhões de dólares, considerando a depreciação dessa moeda frente ao valor do ouro no mercado internacional.

Sem dúvidas, nas comemorações deste 1 de maio estará presente uma vez mais a denúncia contra esta política qualificada como um ato de genocídio, de acordo com a Convenção de Genebra.

Mais de 130 oradores compartilharão com o povo nesta jornada, o que constitui uma cifra recorde para este tipo de eventos.

Delegados consultados pela Prensa Latina disseram que a ampla lista de participantes é uma demonstração do apoio a Cuba e do reconhecimento a suas conquistas em matéria de direitos humanos.

A embaixadora cubana perante as instituições internacionais com sede em Genebra, Anayansi Rodríguez, expressou sua segurança de que serão reconhecidos não só os avanços em direitos econômicos, sociais e culturais, mas também a cooperação de seu país com outros povos do mundo.

Esta é a segunda ocasião na qual a maior das Antillas se apresenta no EPU, um mecanismo criado em 2007 que avalia os 193 membros da ONU, aproximadamente a cada quatro anos e meio.

Diferente do que acontecia na extinta Comissão de direitos humanos, onde os Estados do norte se dedicavam a julgar os do sul, com motivações políticas e uma distorção ideológica, o EPU examina todos os países sem distinção.