Em sessenta anos, a
Revolução Cubana se afirmou como referência de soberania de país, igualdade
social e organização popular. E também são seis décadas de bloqueio econômico,
comercial e financeiro desfechado pela maior potência imperialista do mundo,
que nunca aceitou a ousadia de um povo, sob a liderança de Fidel Castro e Che
Guevara, que tirou Cuba do status de neocolônia e cassino dos EUA. Somam-se ao
bloqueio econômico as frequentes ameaças bélicas, diplomáticas e midiáticas.
A “normalização” das
relações diplomáticas, ocorrida em dezembro de 2015, está longe de atenuar a
permanente hostilidade dos EUA contra Cuba. Nesse sentido, a administração
Donald Trump acaba de ativar o título III da Lei Helms-Burton em clara atitude
vingativa contra Cuba e seu papel de protagonismo na luta antimperialista na
América Latina e no mundo. O Título III da Helms-Burton reconhece o direito de
propriedade estadunidense em relação às empresas que foram nacionalizados com a
revolução cubana. Isso permite que empresas de terceiros países, que tenham
parceria com Cuba, possam ser processadas por usarem as propriedades que foram
desapropriadas.
Dessa maneira, a
Convenção Brasiliense de Solidariedade a Cuba declara seu repúdio ao bloqueio
econômico, comercial e financeiro contra Cuba e exige a remoção de todo o
entulho legislativo e judicial dos EUA que, com seu caráter extra-territorial,
objetiva estrangular um país soberano. Pedimos providências urgentes à
comunidade internacional e seus organismos legais contra esse odioso bloqueio,
em nome da paz e da convivência respeitosa e harmoniosa entre as nações.
Brasília, 6 de junho
de 2019.
CONVENÇÃO BRASILIENSE
DE SOLIDARIEDADE A CUBA